10/29/2011
10/03/2011
9/30/2011
8/30/2011
7/21/2011
Bem para lá de Sintra
1/17/2010
Vetiver - you may be blue
Throw Shadows My Way
Break My Mind
While You Say That You'Ve Been Treating Me Kind
Who Are You Foolin'?
My Time With You
Beat A Thorn-Filled Path
Blood Filled Where We Passed Through
Blood Red With Wrath
You All Knew That We'D Be Fine
Find By Nothing At All
I Know My Way
And It Won'T Be Long
You'Re Gonna Wake One Day
To Find Me Gone
And There Won'T Be Nothing But Goodbye
Nothing Nothing But Goodbye
2/21/2009
Lavorare stanca
I hate the work (lavorare stanca) and do not want anything.
Well, I like to sleep, and even sleep well, maybe a little to much.
Thank God, I really need to sleep.
Sometimes in movies, I have problems in metabolism, when suddenly the day turns to night, but nothing more.
If i would suffer from insomnia, one of those days i would be crazy like Nietzsche.
Sleep is an old trick I learned with Tolstoy, and also Rossellini.
The other day, I read a scary thing in Libération:
A French filmmaker complained that he had chronic insomnia.
I thought with my buttons: so that poor sir, when he get´s to the plateau to do the job must be dead sleeping.
It is inhuman that he cannot rest for a while.
That´s what any person would do under similar conditions.
The ideal is to reach the plateau with the freshness of a rose and agility of a hunter to the prey.
To welcome the power and beauty of the world, of course.
And the beauty of the world, as we know, is the beauty of the film.
- Joao César Monteiro -
2/01/2009
the poet by Herman Hesse
1/29/2009
American writer John Updike died
1/27/2009
Artistas, Deuses, Origens.
1/26/2009
1/23/2009
1/19/2009
o silêncio do silêncio
1/12/2009
Israel/2004
Com orgulho de ladrão,
ordena por trás do fato.
Territórios são berlindes,
para a nação que é criança.
Fazer o homem pedinte,
do que era dele por herança.
Pelo novo mundo assim mimado,
basta-lhe agora estalar os dedos.
Na televisão,
o disfarçe da elegãncia.
Mas por trás das paredes,
a fealdade dos seus dentes.
A triste doença da ignorãncia,
faz dos povos eternos pacientes.
A tudo assistimos e tudo discutimos,
mas logo a distracção se apodera de nós.
As ideias que construimos, perdem-se pobres,
na grande voz.
E fica um rosto.
Uma identidade.
Que irrompe num choro, num grito ou num canto.
No fundo de um poço aguarda a verdade,
mas as suas águas turvam-se de espanto.
12/31/2008
TARDE VENIETIBUS OSSA
hoje, ao longo do dia, obtive de mim próprio uma resposta, que diz respeito a todos.
É que o sem-abrigo não foi convidado a entrar na sociedade do cão, não foi várias vezes limpo com carinhosas lambidelas, não fez parte da história de uma matilha, nem sofreu a traição de uma espécie que não é a sua.
fiquei bastante convencido da normalidade das minhas emoções, e doravante continuarei a chorar pelo cão.
6/11/2008
5/31/2008
em memória da memória
5/21/2008
first flight
fiz scanners das vilhetas mais importantes da narrativa e sonorizei de forma muito infantil esta obra de arte do autor.
4/28/2008
Retalho da manhã num jardim de lisboa
Manhã from Nuno Gouveia on Vimeo.
4/25/2008
25 DE ABRIL: RESISTIR, logo hoje.
4/18/2008
Sociedade?
4/15/2008
4/13/2008
Coisas de um domingo,só aqui na zona.
um individuo sobe uma duna da praia só porque tem um jeep.
um rapaz faz pó com o moto-quatro.
à beira da pequena estrada, pessoas deixam flores a alguém que lá morreu ontem, exibindo uma atitude de turistas, pelo menos para mim.
um pequeno cachorro caminha pelo meio da estrada, parece procurar o dono.
A rapariga boazuda do costume anda de cá para lá na sua luxuriante bicicleta, fazendo girar de novo as cabeças dos machos.
há transito na pequena vila, e muitas outras coisas em que não reparei, só aqui na zona.
10/16/2007
9/23/2007
Making of Life - a tribute to Morning of the Earth from Nuno Gouveia on Vimeo.
8/29/2007
7/25/2007
Daniel Pennac - o paraiso dos papões
" Os horários do dia deveriam prever um momento, um preciso momento do dia, em que a gente pudesse exercer a autocomiseração sobre a nossa sorte.
Um momento específico.
Um momento que não fosse ocupado nem pelo «bules» nem pelos «comes», nem pela digestão, um momento perfeitamente livre, uma praia deserta onde pudéssemos, miseros, medir a extensão do desastre.
Na posse do resultado de tais averiguações, o dia seria melhor, a ilusão banida , e a paisagem claramente balizada.
Mas ao pensarmos na nossa infelicidade entre duas garfadas, com o horizonte ocupado pelo iminente regresso ao trabalho, desorientamo-nos, avaliamos mal, imaginamo-nos menos ensarilhados do que de facto estamos.
Às vezes, até chegamos ao ponto de nos julgarmos felizes."
7/09/2007
O nosso espectro arrancado do corpo?
Sentes que desperdiçamos corpo?
Que o violamos como se não fosse nosso...
Sentes mesmo;
O fogo maior que nunca despertamos?
Sentes o poema a querer sair de si?
Dele próprio como nós de nós...
Sente amigo
As minhas palavras como no teatro.
Não é dele feita a vida?
Não é isso real?
Não importa que o desejo permaneça.
Tu também permaneces, e antes do era já os seres...
Tu permaneces.
5/25/2007
5/24/2007
5/16/2007
cinema experimental - para a slow, mas só a foto
Deitá-la na minha praia preferida, com o vestido que entre muitos, eu escolheria naquela altura.
Descobrir a sua pele, quando e quanto queria, pôr palavras carnais na sua boca fria.
Queria poder escolher entre cenários e cenários, fazer exotismos com os seus pés.
Calçá-los como bem entendesse, fazer a relação deles com a sua boca, espalhar os vermelhos à sua volta em vez de os pôr nela.
Queria realizá-la como agora, ou a mim, já não sei, utilizá-la.
Amor cinema.
Amor literatura.
Amei sempre mais as mulheres com que sonhei, e nenhuma delas era um poço de virtudes, por virtude de viverem nos meus dois mundos.
Queria fazer luz sobre cada parte do seu corpo, a que bate sobre a clareira da anca, onirica, amarelada.
A que brilha antes de chegar à nuca, a que escurece na garganta húmida da sua ilha do amor.
Fazer cinema sem preocupação de tempo.
Como se fosse possivel, valha-me a santa antiguidade, fazê-la morrer ao mesmo tempo que eu.
(N.G)
Slow picture - unknow
5/15/2007
Kurt Vonnegut , o sorridente
tinha 84 anos, e dizia que a vida não é maneira de tratar um animal.
A sua existência literária, foi marcada em Dresden, em 11 de Setembro de 1945, quando a sua rotina de prisioneiro de guerra, alinhado na linha de montagem de uma fábrica de comprimidos instalada no antigo Matadouro 5, foi interrompida pelo mais brutal bombardeamento dos Aliados sobre a Alemanha nazi.
A cidade foi destruída e, nos dias seguintes, com outros prisioneiros, o jovem soldado empilhou corpos sobre corpos em crematórios improvisados.
“O bombardeamento de Dresden,” escreveu Kurt Vonnegut muitos anos depois,“é uma obra de arte.”
“Uma torre de chamas e fumo criada para comemorar a raiva e a indignação de tantos que tiveram as suas vidas interrompidas, arruinadas pela indescritível ganância e vaidade e crueldade da Alemanha.”
Matadouro 5 ( Slaughterhouse 5) foi publicado em 1969 e conta a história de Billy Pilgrim, um soldado raptado pelos Tralfamadorianos, uns sujeitinhos verdes, extraterrestres, que lhe ensinam a verdadeira natureza do tempo (isto é: que todos os momentos do passado, do presente e do futuro existem sempre e que a morte é apenas um momento desagradável, nem o fim nem o princípio) e depois o largam a dar a boa nova.
Atingido quando leva a sua mensagem ao Mundo, Billy já não se importa, porque sabia já como seria a sua morte.
“Adeus, olá, adeus, olá” são as suas últimas palavras. E, ao mesmo tempo, as primeiras do ídolo que a contracultura criou e a cultura acabou por consagrar como um dos seus maiores.
A desenvoltura de um estilo literário que parecia capaz de criar uma nova gramática e mandar reformar os dicionários, as características peculiares da sua sátira e do seu humor negro colossal, fizeram de Kurt Vonnegut uma das vozes que define o melhor da literatura norte-americana do século XX.
outros trabalhos seus são:
Player Piano(1952), The Sirens of Titan(1959), ou Cat’s Craddle(1963) e God Bless You, Mr. Rosewater(1965)
Breakfest of Champions(1973), Jailbird (1979) e Galápagos: A Novel(1985)..
5/13/2007
Parte da estrela, parte da galáxia, sugerindo grandeza através do meu existir, peço apenas que escutem com o vosso coração, o canto que sai do recipiente que sou, e me digam então.
Não era assim.
Sou muito velho, por isso falo assim.
Falo com a parte das palavras que vou retendo, há já tanto tempo.
Estou tão perto de não me fazer entender, como de mostrar tudo num breve contacto.
Quanto mais entendo isto, mais imprevisivel se torna a minha forma de comunicar.
Tem o vazio, vindo a tornar-se cada vez mais dinãmico na minha vida, envolvendo-me, a mim e a pessoas, numa mortalha feita de cosmos.
Se amanhã a felicidade é verdadeira, que importa isso?
Só de saber, que existe tudo quanto não sei, sonho o sonho, e sorrio o sorriso.
( N.G )
Allison Kendal - Jelly fish
5/11/2007
em vez do rasto do rio mental.
O momento está sempre em movimento.
Sobra a paz da sua contemplação.
A folha verde.
A voz calma de um amigo.
O tempo enrola suave, a sua canção.
Anjos e diabos, descansam à sombra.
A guerra esquecida, adormece também.
Metade de uma metade, passa de mão em mão.
Tira-se metade de um retrato, mas não faz mal, não faz mal...
Quase nada sabemos sobre essas grandezas.
Serenidade
em vez do rasto do rio mental.
(N.G.)
Maine landscape - Alex Katz
3/10/2007
3/08/2007
estava a pensar
Conta também o tipo de emissor e receptor, e ainda o grau de conhecimento que partinham um do outro.
Querer comunicar bem, sem estas relações bem equilibradas, é mais ou menos como fazer "aquela" equação, sem apresentar a prova dela.
Este facto da natureza é tão perfeito, que mesmo dizendo isto, sei que não comunico com todos os que possam ler isto, mas apenas com aqueles com quem possa comunicar, através disto.
N.G.
Georges Rouault-Christ on the cross
3/05/2007
Na margem da folha
Hoje tenho o teu sorriso, por certos deuses permitido.
Tenho gôtas de orvalho como saudades.
Tenho já maças da vindoura primavera.
Que gesto ousado permite lá no fundo, desenhar o retrato do que somos no mundo?
Na margem da folha, onde estão já os altos espaços, olhas para mim com o teu pudor atrapalhado, com receio que eu te puxe para a confusão aqui do centro.
Mas hoje...
Tenho o teu sorriso, talvez brincando com a graça da coragem, mas que faz o sumo, a alegria, a sugestão.
Que gesto ousado te permite, lá no fundo, entrares no retrato que eu faço do mundo?
N.G.
2/28/2007
2/26/2007
2/23/2007
mensagem em código, em que cada um dos intervenientes, e cada um apenas para si, sabe do que falo:
Lisbonwood ou o medo americano
Ele era tão tipicamente americano, que logo um outro eu tomou conta de mim.
Atravessei Lisboa a uma velocidade medonha, sem respeitar sinais de qualquer cor, ou quaisquer perigos insuspeitados.
O americano queixava-se, e eu na minha, acelerava.
Acelerar, acelerar, tua boca deve-se calar.
Se eu era doido?!
Doido a full time ou doido a part time?!
Respondi-lhe que era como nos filmes, que se fazem lá na sua terra.
O americano queixava-se...
Que eu confundia o filme com a realidade, que os filmes são os filmes!
Eu mais ainda no meu outro; acelerar no filme, acabar com o excesso que o homem me causava.
Acabo por dizer: nós por cá preferimos os filmes, os tais...
Os maiores do mundo!
Até ao rossio é sempre a abrir, e ele já aos gritos, quase a esmurrar-me o nariz a grande speed, mesmo com o carro já parado, e eu sorrindo, ele gritando:
ARE YOU INSANE?!
ARE YOU PUSHING ME?!
Sugiro que troquemos os contactos, para o caso de precisar de um driver da próxima vez que venha a Lisboa.
O americano lá subiu ao quarto para ir buscar um cartão, mas eu arranquei dali antes que ele voltasse, e pudesse ainda esmurrar-me o nariz, e o filme acabasse mal para mim, eu que me sentia herói, vitorioso sobre o melhor do mundo, bêbado e vaidoso tão longe de casa.
The end, escrito no vidro pára-brizas, o tejo, a marginal, os créditos, luz intermitente, fita a rolar à vontade.
N.G.
Artwork by: Jeremy Okai Davis-American Hero
P.S. a não ser que dêem boleia a um americano mesmo charlatão, não guiem a altas velocidades, porque isso mata pessoas da forma mais ridicula que se conhece.
2/19/2007
2/15/2007
Bodysong
Bodysong (que só agora tive oportunidade de ver ) é uma história epica de amor, sexo, violência, sonhos e morte.
A história das nossas vidas, contada através de imagens de todo o mundo.
Desde noticiarios até filmes caseiros, nascimentos e mortes, momentos tirados aos últimos 100 anos do cinema, montados para uma ambiciosa composição de Jonny Greenwood, dos Radiohead.
Bodysong é ao mesmo tempo um filme teatral e um website.
No site www.bodysong.com podemos ver as histórias das pessoas retratadas em cada uma das extraordinárias imagens desta poderosa produção.
Aqui partilho cerca de oito minutos, bem ilustrativos do que poderão receber, se virem o trabalho final com cerca de duas horas.
2/01/2007
Curiosidades recorrentes: Alamut
Não sabia que Marco Polo tinha passado por Alamut, e por isso aqui deixo este seu texto, que tão perfeitamente faz, a sinopse do mistério daquela fortaleza.
"The Old Man kept at his court such boys of twelve years old as seemed to him destined to become courageous men. When the Old Man sent them into the garden in groups of four, ten or twenty, he gave them hashish to drink. They slept for three days, then they were carried sleeping into the garden where he had them awakened."
"When these young men woke, and found themselves in the garden with all these marvelous things, they truly believed themselves to be in paradise. And these damsels were always with them in songs and great entertainments; they; received everything they asked for, so that they would never have left that garden of their own will."
*-"Alamut" é considerada a obra prima da literatura eslovena.
Hassan-Ibn-Sabah, aqui.
1/21/2007
curiosidades recorrentes:
Be still, green cliff of the Dryads. Be still, springs bubbling among rocks, and confused noisy bleating of the ewes.
For it is Pan playing on his honey-voiced pipe.
His supple lips race over the clustered reeds, while all round him a ring of dancers spring up on joyful feet:
Nymphs of the Water and Nymphs of the Oak
Forest.
Plato 428 a.c.
Barnard - Great God Pan