2/19/2007

Sobre a enxada que carrego comigo, imortalizada lá no alto.


Sempre te lavro, folha.
Como a pele depois das unhas,
a formar sulcos.

Sempre te penetro, folha.
Com a voracidade do predador,
antes do tempo.

Sempre te largo, folha.
Com a embriaguês dos que fecundam,
e depois dormem.

N.G.

1 Comments:

Blogger Rute said...

Sempre te largo encanto, como a criança que desembrulha dez vezes a mais bela prenda de natal.
La,la love you.

2:35 da manhã  

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