2/28/2007
2/26/2007
2/23/2007
mensagem em código, em que cada um dos intervenientes, e cada um apenas para si, sabe do que falo:
O amigo Lopes é o maior, mas a Mariana não se fica atrás
Lisbonwood ou o medo americano
Certa vez, durante a expo 98, dei boleia a um americano depois de uma festa no pavilhão da Áustria.
Ele era tão tipicamente americano, que logo um outro eu tomou conta de mim.
Atravessei Lisboa a uma velocidade medonha, sem respeitar sinais de qualquer cor, ou quaisquer perigos insuspeitados.
O americano queixava-se, e eu na minha, acelerava.
Acelerar, acelerar, tua boca deve-se calar.
Se eu era doido?!
Doido a full time ou doido a part time?!
Respondi-lhe que era como nos filmes, que se fazem lá na sua terra.
O americano queixava-se...
Que eu confundia o filme com a realidade, que os filmes são os filmes!
Eu mais ainda no meu outro; acelerar no filme, acabar com o excesso que o homem me causava.
Acabo por dizer: nós por cá preferimos os filmes, os tais...
Os maiores do mundo!
Até ao rossio é sempre a abrir, e ele já aos gritos, quase a esmurrar-me o nariz a grande speed, mesmo com o carro já parado, e eu sorrindo, ele gritando:
ARE YOU INSANE?!
ARE YOU PUSHING ME?!
Sugiro que troquemos os contactos, para o caso de precisar de um driver da próxima vez que venha a Lisboa.
O americano lá subiu ao quarto para ir buscar um cartão, mas eu arranquei dali antes que ele voltasse, e pudesse ainda esmurrar-me o nariz, e o filme acabasse mal para mim, eu que me sentia herói, vitorioso sobre o melhor do mundo, bêbado e vaidoso tão longe de casa.
The end, escrito no vidro pára-brizas, o tejo, a marginal, os créditos, luz intermitente, fita a rolar à vontade.
N.G.
Artwork by: Jeremy Okai Davis-American Hero
P.S. a não ser que dêem boleia a um americano mesmo charlatão, não guiem a altas velocidades, porque isso mata pessoas da forma mais ridicula que se conhece.
Ele era tão tipicamente americano, que logo um outro eu tomou conta de mim.
Atravessei Lisboa a uma velocidade medonha, sem respeitar sinais de qualquer cor, ou quaisquer perigos insuspeitados.
O americano queixava-se, e eu na minha, acelerava.
Acelerar, acelerar, tua boca deve-se calar.
Se eu era doido?!
Doido a full time ou doido a part time?!
Respondi-lhe que era como nos filmes, que se fazem lá na sua terra.
O americano queixava-se...
Que eu confundia o filme com a realidade, que os filmes são os filmes!
Eu mais ainda no meu outro; acelerar no filme, acabar com o excesso que o homem me causava.
Acabo por dizer: nós por cá preferimos os filmes, os tais...
Os maiores do mundo!
Até ao rossio é sempre a abrir, e ele já aos gritos, quase a esmurrar-me o nariz a grande speed, mesmo com o carro já parado, e eu sorrindo, ele gritando:
ARE YOU INSANE?!
ARE YOU PUSHING ME?!
Sugiro que troquemos os contactos, para o caso de precisar de um driver da próxima vez que venha a Lisboa.
O americano lá subiu ao quarto para ir buscar um cartão, mas eu arranquei dali antes que ele voltasse, e pudesse ainda esmurrar-me o nariz, e o filme acabasse mal para mim, eu que me sentia herói, vitorioso sobre o melhor do mundo, bêbado e vaidoso tão longe de casa.
The end, escrito no vidro pára-brizas, o tejo, a marginal, os créditos, luz intermitente, fita a rolar à vontade.
N.G.
Artwork by: Jeremy Okai Davis-American Hero
P.S. a não ser que dêem boleia a um americano mesmo charlatão, não guiem a altas velocidades, porque isso mata pessoas da forma mais ridicula que se conhece.
2/19/2007
2/15/2007
Bodysong
BODYSONG by Simon Pummell (United Kingdom, 2002)
Bodysong (que só agora tive oportunidade de ver ) é uma história epica de amor, sexo, violência, sonhos e morte.
A história das nossas vidas, contada através de imagens de todo o mundo.
Desde noticiarios até filmes caseiros, nascimentos e mortes, momentos tirados aos últimos 100 anos do cinema, montados para uma ambiciosa composição de Jonny Greenwood, dos Radiohead.
Bodysong é ao mesmo tempo um filme teatral e um website.
No site www.bodysong.com podemos ver as histórias das pessoas retratadas em cada uma das extraordinárias imagens desta poderosa produção.
Aqui partilho cerca de oito minutos, bem ilustrativos do que poderão receber, se virem o trabalho final com cerca de duas horas.
Bodysong (que só agora tive oportunidade de ver ) é uma história epica de amor, sexo, violência, sonhos e morte.
A história das nossas vidas, contada através de imagens de todo o mundo.
Desde noticiarios até filmes caseiros, nascimentos e mortes, momentos tirados aos últimos 100 anos do cinema, montados para uma ambiciosa composição de Jonny Greenwood, dos Radiohead.
Bodysong é ao mesmo tempo um filme teatral e um website.
No site www.bodysong.com podemos ver as histórias das pessoas retratadas em cada uma das extraordinárias imagens desta poderosa produção.
Aqui partilho cerca de oito minutos, bem ilustrativos do que poderão receber, se virem o trabalho final com cerca de duas horas.
2/01/2007
Curiosidades recorrentes: Alamut
A lenda de Alamut intriga-me constantemente desde que li o livro de Vladimir Bartol, com o mesmo nome.*
Não sabia que Marco Polo tinha passado por Alamut, e por isso aqui deixo este seu texto, que tão perfeitamente faz, a sinopse do mistério daquela fortaleza.
"The Old Man kept at his court such boys of twelve years old as seemed to him destined to become courageous men. When the Old Man sent them into the garden in groups of four, ten or twenty, he gave them hashish to drink. They slept for three days, then they were carried sleeping into the garden where he had them awakened."
"When these young men woke, and found themselves in the garden with all these marvelous things, they truly believed themselves to be in paradise. And these damsels were always with them in songs and great entertainments; they; received everything they asked for, so that they would never have left that garden of their own will."
Não sabia que Marco Polo tinha passado por Alamut, e por isso aqui deixo este seu texto, que tão perfeitamente faz, a sinopse do mistério daquela fortaleza.
"The Old Man kept at his court such boys of twelve years old as seemed to him destined to become courageous men. When the Old Man sent them into the garden in groups of four, ten or twenty, he gave them hashish to drink. They slept for three days, then they were carried sleeping into the garden where he had them awakened."
"When these young men woke, and found themselves in the garden with all these marvelous things, they truly believed themselves to be in paradise. And these damsels were always with them in songs and great entertainments; they; received everything they asked for, so that they would never have left that garden of their own will."
"And when the Old Man wished to kill someone, he would take him and say: 'Go and do this thing. I do this because I want to make you return to paradise'. And the assassins go and perform the deed willingly."
- Marco Polo - on his visit to Alamut in 1273
*-"Alamut" é considerada a obra prima da literatura eslovena.
Hassan-Ibn-Sabah, aqui.
*-"Alamut" é considerada a obra prima da literatura eslovena.
Hassan-Ibn-Sabah, aqui.