10/10/2006

Familias

E as familias suspeitavam umas das outras, numa dança tonta que as não animava, crendo nos seus, mas desconfiando dos seus, porque se engole, o ser faminto?
As familias tinham regras muito rígidas, como paises, cada qual com seus costumes.
O que defendiam, eram mentiras sujeitas ao tempo.
O grande ainda aceita o pequeno, mas no desmedido não cabe nada.
As familias resistiam a esta ideia, preferindo antes uma segurança falsa, tonta, artificial, claro, como se sabe, mesmo as familias, falsa e tonta.
Por isso fendas se abriram por baixo delas, como na bíblia do poeta, não fui só eu que vi.
E as familias eram sempre de alguém, que continuava a dor das familias de alguém, toda a gente sabe qual o desejo por trás das suas forças...
As familias estavam e estão, muito longe ainda, de poder ter o além, mais adiante ainda.

1 Comments:

Blogger armandina maia said...

Nuno,
É espantoso como caminhos de gente que nem sequer se conhece podem andar tão perto. Como se fossem uma família. Por isso me acho e me perco quando os outros falam por mim ou tenho a felicidade de falar pelos outros. BElo texto!
armandina

11:59 da manhã  

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