Love in war
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Para o que escreve, crente nos destinos.
Para o que imagina com orgulhosa piedade.
Para o que soma textos sem nunca se ferir.
Para o que julga sentir.
Para o pobre tonto:
Esperas que te admire no teu terrestre equilibrio.
Falas e falas, que escreves e escreves...
O que me apetece mais é insultar-te, virar costas aos teus andaimes, perder de vista meu olhar sobre o vale.
Está lá escrito tudo o que escreves, e o mais ainda que não podes escrever.
Basta.
Não me aborreças.
Morre neste silencio, ou num outro à tua escolha.
E quando o silencio te tenha falado, deixa vencer os teus sentidos.
Dá-te a cada sopro, cede,
e só depois escreve, escreve.
(N.G.)
imagem de Margie Labaddy
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