5/12/2006

O lixo dos outros

Ontem, ao abandonar a praia, dou com um sujeito
a rasgar em pedaços o que parecia ser uma folha A4,
espalhando depois ao vento as dezenas de papeladas.

Hesitei pouco, antes de me voltar para ele e dizer:

Ó amigo, olhe que a praia é de todos.
- O quê ? ( respondeu-me ele )
É errado o que está a fazer.a sujar a praia.
- Oh pá, já viu o lixo todo que aqui vai ?!
Sim, mas não foi você, ou foi ?
-Não, mas o que é que quer que eu faça ?
Queria que não fizesse isso.
-Mas eu quero fazer ( atirou ele, como uma pedra ).
Está bem. a praia assim fica mais bonita, não é ?
Quero lá saber da praia mais bonita ( arremessou de novo ) .

Como não sou violento, dei o diálogo por terminado e afastei-me.
Afinal, ele queria mesmo fazer aquilo, e defendia isso como um direito.
Hoje ( por coincidência ), lá andava um grupo de jovens
da câmara municipal a limpar esse e outro lixo.
Não só o lixo acidental, feito por humanos, mas também esse outro
feito por energúmenos.
Em nome dos Humanos, agradeci-lhes o seu trabalho.

1 Comments:

Blogger armandina maia said...

Está a ver, é ainda a questão da "pedra no meio do caminho", aquele que só alguns vêem que ali está. Os outros não tropeçam nem nada, desconhecem o seu papel na história dos homens.
armandina maia

11:38 da tarde  

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